quinta-feira, 30 de julho de 2015

[VIAGENS] SEVILLA, ESPANHA

Pormenor da Plaza de España

“Quien no ha visto sevilla, no ha visto maravilla!”

E nós confirmamos! Regressámos apaixonados pela cidade, pela cultura, pelo ambiente efervescente, as milhares de casas de tapas que podemos escolher, as ruelas estreitas, os terraços que admiram a Catedral, a magnífica Plaza de España, o Barrio de Santa Cruz (onde ficámos instalados), os jardins do Alcázar e, claro, a Catedral de Sevilha – a maior em Espanha (Apenas a Basílica de Nossa Senhora Aparecida, no Brasil, e a Basílica de São Pedro, no Vaticano, conseguem ser maiores), declarada património da Humanidade pela UNESCO e que, segundo a lenda, terá sido construída sobre o ideal “Vamos a construir una iglesia tan hermosa y tan grande que los que la contemplen pensarán que estábamos locos”


Torre da Catedral de Sevilha

Barrio de Santa Cruz

Avenida de La Constitución

Chegámos já com a tarde a querer desaparecer e encontrámos o nosso apartamento perdido entre as ruelas do Barrio de Santa Cruz. Em Sevilha a hotelaria é caríssima e se viajar com um grupo de 4-6 pessoas aconselhamos que opte por um apartamento – são mais baratos, há bastante oferta com muita qualidade, e oferece-nos outra autonomia enquanto estamos em Sevilha. 

Catedral de Sevilha

Ficámos instalados no Q&Q Cathedral Suites a poucos metros da Catedral e das principais atrações turísticas. A localização era óptima, no coração do casco antíguo, e assim que pousámos as malas saltámos para a rua. Não estávamos à espera de encontrar uma cidade tão fascinante e encantadora. Respira-se no ar uma excitação que não se explica. Não nos cansamos de olhar, de descobrir e de passear. De virar na próxima rua à direita, de seguir sem destino na próxima cortada à esquerda, de entrar nos becos mais estreitos que desembocam em praças amplas e verdejantes ou em igrejas que combinam as cores fortes de Sevilha (o amarelo e o laranja) com traços azuis muito subtis e encantam quem visita a cidade.


Barrio de Santa Cruz

Começámos o roteiro gastronómico pelo Ovejas Negras, que se revelou um dos melhores restaurantes de Sevilha. O ambiente é acolhedor, bem decorado, jovial, descontraído, irreverente. O serviço é rápido e eficiente. Mas é na qualidade das tapas que este espaço arrasa a concorrência - muito bem confeccionadas, com sabor, arte e categoria. E no final o preço é óptimo - cerca de 46€ por 4 pessoas com bebidas incluídas. Recomendamos que chegue cedo para jantar (abre às 20.30, mas às 21 o espaço já está cheio!) e que se tiver de esperar um pouco aproveite um bom tinto de verano ao balcão enquanto aguarda pela sua vez.



Bruschetta "Tartufata"

Medium Burger con mayo de curry

O estado de graça de Sevilha manteve-se quando, no dia seguinte, bem cedo, entrámos no Real Alcázar (que se visita com um bilhete de 9,5€). As palavras não conseguem descrever a beleza do espaço. Se o paraíso existir, certamente terá sido inspirado no Real Alcázar de Sevilha. Uma arquitetura com um pormenor assustador, faz-nos esquecer por momentos que continuamos no mesmo planeta. Faz-nos esquecer que tudo aquilo foi construído há mais de 700 anos por mãos iguais às nossas, cuja dedicação, persistência e bom gosto permitiram erguer um dos mais belos monumentos que já visitámos. 


Real Alcázar

Interior do Real Alcázar

Patio Interior do Real Alcázar

Pátio interior do Real Alcázar

O passeio pelo jardim é incansável e faz-nos perder nas horas. Já a hora de almoço estava adiantada quando percebemos que o Alcázar nos havia enfeitiçado a ponto de esquecermos os planos para o segundo dia em Sevilha. Parámos rapidamente para almoçar na Calle San Fernando, onde aproveitámos para visitar a Universidade de Sevilha que ocupa o edifício da antiga fábrica de tabaco de sevilha. O almoço no Cristina and Co foi agradável não só pela frescura do local como pela qualidade das tapas que compartimos. 


Jardins do Real Alcázar

Jardins do Real Alcázar

Jardins do Real Alcázar

Universidade de Sevilha

Revigorados e com o animo rejuvenescido saímos à rua para enfrentar o calor e o sol da tarde sevilhana. A partir da Puerta de Jerez atravessámos a Puente de San Telmo e percorremos a outra margem do rio Guadalquivir a partir da Calle del Betis, recheada de bares e restaurantes com uma vista privilegiada sobre a zona turística da cidade. 


Rio Guadalquivir e Torre del Oro

Iglesia de Santa Ana



Regressámos à “nossa” margem algumas centenas de metros mais à frente, a tempo de visitar o Metropol Parasol uma obra arquitetónica moderna, vistosa e visualmente desafiante mas que não nos conseguiu entusiasmar. 



Metropol Parasol

Um pouco enfadados de tapas, optámos então por jantar num restaurante de Sushi, o Los Palillos Bar, que se revelou o nosso restaurante favorito da cidade! O ambiente era intimista, os funcionários amáveis, cozinha em exposição para os clientes (que conseguem ver como os seus pratos estão a ser confeccionados) com um serviço muito eficiente, prático e profissional, o melhor de tudo é mesmo a qualidade do sushi, bem diversificado e a um preço bastante razoável para a qualidade dos ingredientes. Duas pranchas de 14 peças mais 2 tapas de 6 peças e bebidas incluídas custaram-nos os 56€ mais saborosos de Sevilha. Foi um excelente jantar. 


Los Palillos





A noite terminou no La Fresquita, um bar singular, com paredes forradas de imagens de santos, com cânticos religiosos a servirem de banda-sonora para o acanhado espaço onde se servem bebidas e tapas a preços acessíveis. Um bar agradável para terminar a noite, sem turistas e com os sevilhanos a conversarem descontraidamente, que ficava ao lado do nosso apartamento.




No dia seguinte começámos por visitar a Plaza de España, um espaço grandioso e imponente, local de visita obrigatória em Sevilha, que pode ser contemplado a partir do Parque Maria Luísa, cheio de sombras e com uma aragem fresca que nos protege do calor que aparece com as primeiras horas de sol em Sevilha. 


Plaza de España
Plaza de España
Plaza de España
Plaza de España

Após o almoço no restaurante italiano Osteria L'Oca Giuliva, seguimos finalmente para a Catedral. O seu interior é magnânimo (perdemos a conta às inúmeras capelas), o mausoléu onde se encontra Cristóvão Colombo é imponente e transporta-nos para um cenário digno das melhores séries de televisão sobre a época medieval e a visita tem o seu ponto alto na subida à torre da Catedral (felizmente feita com rampas e não com degraus), a partir da qual podemos ver toda a cidade, os incontáveis terraços e as ruas que se emaranham no interior do casco antíguo.


Catedral de Sevilha

Catedral de Sevilha


Interior da Catedral de Sevilha

Paisagem a partir da Torre da Catedral de Sevilha

Sevilha, a partir da Torre da Catedral

Sevilha, a partir da Torre da Catedral

Sevilha, a partir da Torre da Catedral

Mausoléu de Cristóvão Colombo

Antes de jantarmos e nos despedirmos de Sevilha, tivemos ainda tempo para passear pela zona comercial da cidade, onde encontrámos, entre outros, o Ayuntamento, a Plaza Nueva, a Plaza de toros ou ainda a Torre del Oro. Sevilha terminou em grande. Fomos descontraidamente até ao El Pasage, um bar recatado por trás da Calle Mateos Gago, a dois minutos a pé da Catedral, protegido do ruído e agitação das ruas repletas de turistas em Sevilha. No regresso ao apartamento voltámos a parar no La Fresquita. 


Plaza de San Francisco

Ayuntamento de Sevilha

Barrio de Santa Cruz

Sevilha superou todas as expectativas. É um dos locais mais belos e excitantes onde já estivemos. Durante os três dias em Sevilha sentimo-nos Sevilhanos. Sentimos que uma parte de nós lhe pertence. E partimos com a certeza de que um dia vamos voltar, Sevilha.

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