E nós confirmamos! Regressámos apaixonados pela cidade, pela cultura, pelo ambiente efervescente, as milhares de casas de tapas que podemos escolher, as ruelas estreitas, os terraços que admiram a Catedral, a magnífica Plaza de España, o Barrio de Santa Cruz (onde ficámos instalados), os jardins do Alcázar e, claro, a Catedral de Sevilha – a maior em Espanha (Apenas a Basílica de Nossa Senhora Aparecida, no Brasil, e a Basílica de São Pedro, no Vaticano, conseguem ser maiores), declarada património da Humanidade pela UNESCO e que, segundo a lenda, terá sido construída sobre o ideal “Vamos a construir una iglesia tan hermosa y tan grande que los que la contemplen pensarán que estábamos locos”.
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Torre da Catedral de Sevilha |
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Barrio de Santa Cruz |
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Avenida de La Constitución |
Chegámos já com a tarde a querer desaparecer e encontrámos o nosso apartamento perdido entre as ruelas do Barrio de Santa Cruz. Em Sevilha a hotelaria é caríssima e se viajar com um grupo de 4-6 pessoas aconselhamos que opte por um apartamento – são mais baratos, há bastante oferta com muita qualidade, e oferece-nos outra autonomia enquanto estamos em Sevilha.
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Catedral de Sevilha |
Ficámos instalados no
Q&Q Cathedral Suites a poucos metros da Catedral e das principais atrações turísticas. A localização era óptima, no coração do
casco antíguo, e assim que pousámos as malas saltámos para a rua. Não estávamos à espera de encontrar uma cidade tão fascinante e encantadora. Respira-se no ar uma excitação que não se explica. Não nos cansamos de olhar, de descobrir e de passear. De virar na próxima rua à direita, de seguir sem destino na próxima cortada à esquerda, de entrar nos becos mais estreitos que desembocam em praças amplas e verdejantes ou em igrejas que combinam as cores fortes de Sevilha (o amarelo e o laranja) com traços azuis muito subtis e encantam quem visita a cidade.
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Barrio de Santa Cruz |
Começámos o roteiro gastronómico pelo
Ovejas Negras, que se revelou um dos melhores restaurantes de Sevilha. O ambiente é acolhedor, bem decorado, jovial, descontraído, irreverente. O serviço é rápido e eficiente. Mas é na qualidade das tapas que este espaço arrasa a concorrência - muito bem confeccionadas, com sabor, arte e categoria. E no final o preço é óptimo - cerca de 46€ por 4 pessoas com bebidas incluídas. Recomendamos que chegue cedo para jantar (abre às 20.30, mas às 21 o espaço já está cheio!) e que se tiver de esperar um pouco aproveite um bom tinto de verano ao balcão enquanto aguarda pela sua vez.
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Bruschetta "Tartufata" |
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Medium Burger con mayo de curry |
O estado de graça de Sevilha manteve-se quando, no dia seguinte, bem cedo, entrámos no Real Alcázar (que se visita com um bilhete de 9,5€). As palavras não conseguem descrever a beleza do espaço. Se o paraíso existir, certamente terá sido inspirado no Real Alcázar de Sevilha. Uma arquitetura com um pormenor assustador, faz-nos esquecer por momentos que continuamos no mesmo planeta. Faz-nos esquecer que tudo aquilo foi construído há mais de 700 anos por mãos iguais às nossas, cuja dedicação, persistência e bom gosto permitiram erguer um dos mais belos monumentos que já visitámos.
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Real Alcázar |
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Interior do Real Alcázar |
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Patio Interior do Real Alcázar |
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Pátio interior do Real Alcázar |
O passeio pelo jardim é incansável e faz-nos perder nas horas. Já a hora de almoço estava adiantada quando percebemos que o Alcázar nos havia enfeitiçado a ponto de esquecermos os planos para o segundo dia em Sevilha. Parámos rapidamente para almoçar na Calle San Fernando, onde aproveitámos para visitar a Universidade de Sevilha que ocupa o edifício da antiga fábrica de tabaco de sevilha. O almoço no
Cristina and Co foi agradável não só pela frescura do local como pela qualidade das tapas que compartimos.
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Jardins do Real Alcázar |
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Jardins do Real Alcázar |
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Jardins do Real Alcázar |
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Universidade de Sevilha |
Revigorados e com o animo rejuvenescido saímos à rua para enfrentar o calor e o sol da tarde sevilhana. A partir da Puerta de Jerez atravessámos a Puente de San Telmo e percorremos a outra margem do rio Guadalquivir a partir da Calle del Betis, recheada de bares e restaurantes com uma vista privilegiada sobre a zona turística da cidade.
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Rio Guadalquivir e Torre del Oro |
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Iglesia de Santa Ana |
Regressámos à “nossa” margem algumas centenas de metros mais à frente, a tempo de visitar o Metropol Parasol uma obra arquitetónica moderna, vistosa e visualmente desafiante mas que não nos conseguiu entusiasmar.
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Metropol Parasol |
Um pouco enfadados de tapas, optámos então por jantar num restaurante de Sushi, o
Los Palillos Bar, que se revelou o nosso restaurante favorito da cidade! O ambiente era intimista, os funcionários amáveis, cozinha em exposição para os clientes (que conseguem ver como os seus pratos estão a ser confeccionados) com um serviço muito eficiente, prático e profissional, o melhor de tudo é mesmo a qualidade do sushi, bem diversificado e a um preço bastante razoável para a qualidade dos ingredientes. Duas pranchas de 14 peças mais 2 tapas de 6 peças e bebidas incluídas custaram-nos os 56€ mais saborosos de Sevilha. Foi um excelente jantar.
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Los Palillos |
A noite terminou no
La Fresquita, um bar singular, com paredes forradas de imagens de santos, com cânticos religiosos a servirem de banda-sonora para o acanhado espaço onde se servem bebidas e tapas a preços acessíveis. Um bar agradável para terminar a noite, sem turistas e com os sevilhanos a conversarem descontraidamente, que ficava ao lado do nosso apartamento.
No dia seguinte começámos por visitar a Plaza de España, um espaço grandioso e imponente, local de visita obrigatória em Sevilha, que pode ser contemplado a partir do Parque Maria Luísa, cheio de sombras e com uma aragem fresca que nos protege do calor que aparece com as primeiras horas de sol em Sevilha.
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Plaza de España |
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Plaza de España |
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Plaza de España |
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Plaza de España |
Após o almoço no restaurante italiano
Osteria L'Oca Giuliva, seguimos finalmente para a Catedral. O seu interior é magnânimo (perdemos a conta às inúmeras capelas), o mausoléu onde se encontra Cristóvão Colombo é imponente e transporta-nos para um cenário digno das melhores séries de televisão sobre a época medieval e a visita tem o seu ponto alto na subida à torre da Catedral (felizmente feita com rampas e não com degraus), a partir da qual podemos ver toda a cidade, os incontáveis terraços e as ruas que se emaranham no interior do
casco antíguo.
Antes de jantarmos e nos despedirmos de Sevilha, tivemos ainda tempo para passear pela zona comercial da cidade, onde encontrámos, entre outros, o Ayuntamento, a Plaza Nueva, a Plaza de toros ou ainda a Torre del Oro. Sevilha terminou em grande. Fomos descontraidamente até ao
El Pasage, um bar recatado por trás da Calle Mateos Gago, a dois minutos a pé da Catedral, protegido do ruído e agitação das ruas repletas de turistas em Sevilha. No regresso ao apartamento voltámos a parar no La Fresquita.
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Plaza de San Francisco |
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Ayuntamento de Sevilha |
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Barrio de Santa Cruz |
Sevilha superou todas as expectativas. É um dos locais mais belos e excitantes onde já estivemos. Durante os três dias em Sevilha sentimo-nos Sevilhanos. Sentimos que uma parte de nós lhe pertence. E partimos com a certeza de que um dia vamos voltar, Sevilha.
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