terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Bordéus - Parte II

Com o mapa estudado de véspera saímos em direção ao centro da cidade sob temperaturas nada amenas mas, ainda assim, debaixo de um sol de inverno acolhedor. 






A primeira paragem foi no Monument aux Girondins, imponente e que abriu mote a um passeio pelas Esplanade des Quinconces, múltiplas tendas de velharias, em bom estado. 



Monument aux Girondins


Seguiu-se o Jardin Public, onde encontramos o segredo da elegância dos bordelais, a prática de desporto, num jardim lindo, bem tratado e com uma elegância ímpar. O facto de estarmos em pleno outono tornou a paisagem particularmente bela em toda a paleta de cores disponíveis aos nossos sentidos. 









A Place de la Comédie é sem dúvida um dos pontos altos da cidade ladeada pela Opéra de Bordeaux, o Grand Hôtel de Bordeaux e pela Cours de l'Intendance, avenida recheada de lojas capazes de fazer perder a cabeça. Todo o quarteirão é comercial, os bordelais adoram e vivem o comércio de rua como poucos.


Opéra de Bordeaux


Antes de almoçarmos no restaurante Toscane bem no centro histórico e cuja crítica surgirá em tempo próprio, fizemos toda a marginal junto ao Rio la Garonne, onde mais uma vez comprovámos o gosto dos franceses pelo desporto. Atravessar a Pont de Pierre permite uma visão única da margem esquerda, desvendando-se um jogo de silhuetas dos edifícios.


Pont de Pierre

Porte Cailhau


Place de la Bourse com o Palais de la Bourse


Património mundial da humanidade, a Place de la Bourse é de cortar a respiração e reúne uma arquitectura imponente com uma vista magnífica sobre o rio. Com alguma pena, não visitámos o Musée National des Douanes nem entrámos no Palais de la Bourse, ficando-nos com a fachada magnifique


Place de la Comédie e o Grand Hôtel de Bordeaux


Durante a tarde e por ser domingo, todas as ruas do centro histórico encheram-se de famílias, envoltas no espírito natalício e consumista. Na Place Jean Moulin, uma pista de gelo apinhada desviava as atenções dos magnânimos monumentos em seu redor: a Cathédrale Saint André, o Tour Pey-Berland, o Palais Rohan (o antigo Hotel de Ville). 


Palais Rohan

Cathédrale Saint André


No resto da tarde fizemos vida de nativos da cidade, apreciando todas as barraquinhas do Le Marché de Noël e das Esplanade des Quinconces. Regressámos ao hotel felizes apreciando as magnificas decorações de Natal da cidade que tem na Pont de Pierre e marginal o seu expoente máximo.




No terceiro dia em Bordéus, optámos por visitar os monumentos mais distantes do centro histórico, começando pela Flèche Saint Michel e percorrendo todo o restante bairro, onde uma mistura islâmica, muçulmana e oriental dá mote a presença de mesquitas, sinagogas e igrejas cristãs numa só rua.


Flèche Saint Michel



Seguiu-se a Grosse Cloche que impressiona pelo seu extravagante relógio, Porte du Bourgogne e Porte Cailhau (todas comemorativas de batalhas e de defesa da cidade). 


Grosse Cloche

Porte Cailhau


Visitámos a imponente Basilique Saint-Michel, a mais bela no seu interior. O Palais de Justice reúne classicismo e modernidade, valendo a pena exatamente por essa transição. No fim da manhã, tempo ainda para uma visita ao Palais Gallien, ruínas romanas de uma antiga arena, datada do século II, escondida no interior de um bairro habitacional e quase bizarra por isso mesmo. 


Cathédrale Saint André
Vista do Palais de Justice
Palais Gallien


O resto do dia serviu para alimentar o espírito consumista: Galerias Lafayette, Cour de L'intendance, Rue de Saint Catherine. Terminado o dia, foi altura de regressar ao hotel e de nos despedirmos da cidade que tão bem nos recebeu.

domingo, 21 de dezembro de 2014

Bordéus - Parte I

Bordéus. 




Porquê? Queríamos viajar para uma cidade pequena, romântica e acolhedora (O vinho veio por acréscimo...). O tempo não era muito e o facto de uma low-cost (Ryanair) voar para a capital mundial do vinho, transformou Bordéus no lugar ideal.
Partimos do Porto com um atraso de 1h, num dia de inverno cheio de sol! Sol esse que nos acompanhou até França. À chegada, um aeroporto minimalista anteviu o que nos esperava: vinho, frio e franceses com pouca abertura à língua inglesa.
A localização do hotel, embora perto da Gare de transportes, não foi aquilo que esperávamos. Num bairro pouco ortodoxo, com vários bares de alterne e bastantes sem-abrigo e um pouco afastado do centro. Não arriscámos muitos passeios à noite pela vizinhança.
Chegámos quando a luz natural se apagava em Bordéus e optámos por entrar num taxi que nos levou a um restaurante sobre o qual tínhamos boas recomendações (trypadvisor, sempre). Bar-Cave de la Monnaie. 




Uma antiga taberna restaurada num local acolhedor e intimista, no centro histórico da cidade, com não mais do que 12 lugares disponíveis. Uma empregada que entendia algumas palavras inglesas serviu-nos um Rosé Clairet Vieux Plenty e um Tinto Les Charmes-Godard.




A Rita optou por uma salsicha Andouilette e eu arrisquei um Grand Carpaccio de boeuf au pesto et parmesan frais frites salad.
Inicialmente estranhámos os seus sabores, em ambos os pratos bem distintos dos portugueses, mas pela avidez com que eram consumidos pelos restantes presentes, percebemos que estávamos em boas mãos. O Andouilette, acompanhado de batatas fritas e salada, tinha um aroma intenso e um sabor familiar, embora a Rita tenha preferido não descobrir o que realmente estava a comer. Ficámos agradavelmente surpreendidos com o Carpaccio de Boeuf, que de modo simplista resumo como um bife de vaca aparentemente cru, apresentada em finos cortes, com um contraste de sabores agradável atribuído ao Pesto e ao queijo parmesão (no meio da surpresa, acabaram por nos faltar as fotografias dos pratos). 




Para terminar a refeição, experimentámos ainda um tinto Cotes de Francs. Os vinhos foram o melhor de uma refeição que não ultrapassou os 43€. E assim terminou o nosso primeiro dia em Bordéus.




Informações Úteis:
Aeroporto-Cidade: fora da cidade, tem um autocarro a cada hora que nos coloca na Gare de Comboios e Autocarros de Bordéus em 30 minutos. A partir daí é muito simples viajar para qualquer ponto da cidade quer de tram como de autocarro. 1.5€ pessoa.