domingo, 31 de maio de 2015

[RESTAURANTES] SUSHIC, Almada

O Sushic, surgiu como uma oportunidade imperdível. Razões profissionais levaram-me a Almada e a premissa de que o Sushic seria o melhor restaurante japonês fora do Japão (segundo uma blogger de comida japonesa), tornaram impossível passar ao lado desta experiência.




Não é o melhor restaurante japonês fora do Japão, mas é um dos melhores certamente!

Uma sala de refeições requintada, decorada com extremo bom gosto e cujo ambiente nos transporta para uma qualquer capital mundial cosmopolita. Fizemos reserva e ainda bem que assim foi pois a sala ficou recheada e muitos foram os que ficaram à espera de usufruir desta experiência. Foi-nos atribuída uma “sushi conselheira”, simpática, prestável e cujas sugestões se adaptaram ao nosso gosto pessoal, sem imposições.


Tártaro do Chef em cima, Crispy sushi em baixo (e um pedido de desculpa pela qualidade destas fotos)

Iniciámos a experiência com as entradas propostas: um tártaro do chef e crispy sushi à escolha do chef, ambos sublimes, pecando apenas pelas escassas quantidades.




Acompanhámos com um tinto de 2011, Tyto Alba da Companhia das Lezírias, que pontuou pela qualidade e deliciámo-nos com um sushi combi fusion de 36 peças, que entre algumas agradáveis surpresas e outras menos boas, é sem dúvida um sushi digno de um restaurante de topo. 


Sushi Combi Fusion

Mas… o melhor desta refeição foram, sem dúvida as sobremesas: pastel de nata reconstruído, uma obra prima; merengue de chocolate belga e molho de frutos vermelhos, a qualidade do chocolate é um factor determinante mas o merengue a desfazer-se na boca ainda hoje deixa saudades; e, crème brûlée com tomilho, maravilhoso. 


Pastel de Nata reconstruído

Merengue de chocolate belga e molho de frutos vermelhos

Crème brûlée

Terminámos felizes e com a certeza de que voltaremos. 



Pontuação: 8/10
O melhor: tudo
O menos bom: as quantidades das entradas
Preço médio: 30€/pessoa



terça-feira, 26 de maio de 2015

[VIAGENS] SANTIAGO DE COMPOSTELA, OVIEDO


Estátua de Woody Allen

Pegámos no carro e fizemo-nos à estrada. 1400km em 4 dias, de Coimbra a Santiago, de Santiago até Oviedo, de Oviedo até Coimbra, num triângulo repleto de paisagens surpreendentes, praias emblemáticas, monumentos carregados de história, calçadas históricas… e alguma chuva. Enquanto em Santiago lutámos contra as adversidades do clima, no caminho para Oviedo fomos recompensados com um tempo ameno, ideal para quem viaja várias horas de carro.


Catedral de Santiago de Compostela
Praza do Obradoiro
Interior da Catedral

Interior Universidade Santiago Compostela

Em Santiago ficámos no Hotel Capitol, bem perto da zona antiga num local ideal para quem se desloca de automóvel. Não nos encolhemos perante a chuva e saímos destemidos para descobrir Santiago. Uma cidade onde convergem milhares de peregrinos e aventureiros, com um casco viejo marcado por centenas de anos de religião, fé e tradição, permite-nos passear tranquilamente visitando sem pressas aquilo que procuramos. As obras de recuperação da catedral retiraram-nos algum do ânimo e vão obrigar-nos a regressar numa outra altura. Enquanto passeamos pelas ruas que envolvem a catedral podemos visitar diversas igrejas, praças e monumentos que adornam o ex-líbris da Galiza, tornando a visita pela cidade como um passeio por um único museu. 


Plaza de Platerías





Experimentámos o café O Paris na nossa pausa para o Lanche, antes de nos refugiarmos no hotel enquanto a chuva massacrava o final de tarde, e saímos à noite para experimentarmos a gastronomia da famosa Taberna do Bispo, um dos restaurantes mais concorridos de Compostela, onde escolhemos algumas das dezenas de tapas expostas no seu balcão. Não nos entusiasmou (o copo de Alvarinho que pedi para me servirem tinha uma quantidade ridícula de vinho) mas também não nos desagradou (não se esqueçam de provar o polvo!). 


Interior Café O Paris




Partimos no dia seguinte rumo à costa norte, onde visitámos a Playa de las Catedrales, uma das mais famosas em toda a Espanha e seguimos para o porto piscatório de Ribadeo onde saboreámos a melhor refeição da nossa viagem, no restaurante La Solana, sobre a qual vos falaremos com mais calma numa próxima crónica.


Playa de las Catedrales
Playa de las Catedrales
Playa de las Catedrales

Continuámos a nossa viagem depois de um almoço fabuloso em busca da Playa del Silencio, um pequeno paraíso escondido na costa das Asturias! Durante toda a viagem não precisámos de pagar portagens, a via verde funciona em grande parte das auto-estradas da Galiza e das Asturias (custo total de 60€) e aquelas onde a via verde ainda não é reconhecida, são gratuitas!


Playa del Silencio
Calle de Argüelles


Chegámos a Oviedo ao final da tarde (todo o percurso está bem sinalizado e nunca precisámos de GPS), rodeados de Montanhas que se perdiam de vista e rapidamente encontrámos o histórico Gran Hotel de España, bem no centro de Oviedo, a um pequeno passeio das principais atrações da cidade. Oviedo é uma cidade onde podemos descansar da realidade. Não vive excessivamente preocupada com o turismo. Conserva a sua originalidade. Exibe com orgulho aquilo que é seu.


Teatro Campoamor
Calle San Francisco
Calle Pelayo

Encantou-nos a tranquilidade, podermos passear a um ritmo vagarosamente delicioso, com inúmeras ofertas de restauração, esplanadas, padarias, chocolatarias e lojas de pequenos produtos. Em cada canto podemos descobrir uma nova escultura, numa cidade que é um verdadeiro museu escultural ao ar livre e que tem na estátua em tamanho real de Woody Allen o seu ponto de encontro. 


Plaza de la Escandalera com o Teatro Campoamor
Catedral de Oviedo
Catedral de Oviedo
Calle Climadevilla com o Ayuntamiento ao fundo

A visita ao interior da Catedral implica adquirir um bilhete de 7€ (que optámos por não comprar) e é a partir dela que se deve começar a visitar Oviedo. Aconselhamos uma visita ao Ayuntamiento e à Plaza Mayor com ruelas históricas a abraçarem-nos durante o percurso, e um breve passeio até à Universidade através da Calle Fontán. Do edifício histórico da Universidade, podemos seguir para a Plaza de la Escandalera, um dos centros nevrálgicos de Oviedo, onde bem perto vamos encontrar o Teatro Campoamor (a casa dos Prémios Princesa das Astúrias) e o pulmão da cidade, o Campo de San Francisco.


Ayuntamiento de Oviedo
Calle Fontán


Campo de San Francisco

Não vale a pena cansar-vos com pequenos pormenores, pois não há muito mais para vos descrever que as fotos não vos consigam contar. Oviedo visita-se sem um roteiro turístico. Em Oviedo passeamos despreocupados, apaixonados e felizes. E isso é o melhor que uma cidade nos pode oferecer.

sábado, 9 de maio de 2015

[RESTAURANTE] CORDEL, Coimbra




Escondido em Santa Clara, o Cordel é provavelmente o underdog dos novos restaurantes de Coimbra. Falamos de uma cidade onde, até há 2 ou 3 anos, meia dúzia de restaurantes monopolizavam as noites românticas ou as refeições comemorativas de grupos. Nunca foi uma cidade da restauração. Disso Coimbra não se podia (e ainda não pode) orgulhar. 





Felizmente o panorama tem vindo a mudar e aos poucos surgem novos espaços fruto do arrojo de jovens chefs. O Cordel é um desses bons exemplos. Não fica “à mão”, mas vale a pena pegar no carro (ou entrar num dos autocarros da cidade que atravessam o rio em direção a Santa Clara) para descobrir um espaço bastante acolhedor.




Na ementa podemos escolher entre os pratos mais tradicionais ou petiscos com os mais diversos sabores. No que toca às famosas tapas, o Cordel não fica longe da qualidade standard do Restaurante Dux, de quem vos falámos aqui. A lista de vinhos é, também ela, bastante completa, existindo um admirável leque de opções para acompanhar os pratos.


Entradas

Na nossa última visita optámos por uma entrada simples, ao qual se seguiu um “Bife à Cordel”, constituído por bife de novilho acompanhado de batatas assadas, com aquele sabor estaladiço slightly overcooked e um prato de pato com laranja (com uma excelente apresentação) acompanhado de legumes, arroz, batata assada e um molho de frutos silvestres. Para acompanhar a refeição escolhemos um bom copo de Alvarinho Aveleda.


Bife à Cordel

Pato com Laranja

Para encerrar o jantar, optámos por uma tábua uma bola de gelado de frutos vermelhos, apresentado com arte e cuidado no prato, uma marca que distingue a qualidade do restaurante Cordel e o coloca entre os melhores restaurantes de Coimbra. É um dos nosso favoritos onde não hesitamos regressar.


Gelado de Frutos Vermelhos

O melhor: A qualidade dos alimentos e o cuidado na sua apresentação. A garrafeira
O menos bom: A localização, que não deve desmotivar ninguém de o visitar
Preço: Médio, uma refeição para duas pessoas não deverá ultrapassar os 30€
Reserva: Necessário apenas para refeições de grupos grandes (8 ou mais pessoas) ou em dias especiais. 
NOTA FINAL: 8/10